quinta-feira, 12 de novembro de 2009

nostalgia de coisas imaginárias ;

Costumava me sentar naquela praça e simplesmente parar de existir. Esvaziava a minha cabeça e podia pensar em qualquer coisa sem problema algum. Mas agora, toda vez que eu sento naquele banco sujo, e olho para aquela arvores maltratadas pela poluição, eu simplesmente não consigo pensar.

Lembro-me de sentar lá e conseguir lembrar da minha infância, das brincadeiras, das risadas, de como as coisas eram simples e felizes. Lembro de me sentar naquele banco e lembrar do meu pai, como uma boa memória, como tempos memoráveis. Lembro-me que adorava passar horas e horas sentada ali, sem pensar em nada, sem ver nada do mundo real. Lembro-me de me enfiar dentro de mim, e fazer as coisas funcionarem do meu jeito, de ficar imaginando historias sem fim, historias felizes. Lembro-me de qualquer coisa que eu já tenha feito, porem, não consigo mais não pensar em nada, não consigo mais imaginar historias.

Algo está errado, comigo ou com aquele pequeno lugar verde. Não consigo me esvaziar, e sentar ali sozinha, se tornou um peso. Talvez porque aquela praça agora pertença a outras memórias, memórias de um garoto bom. Ou talvez porque as coisas saíram do meu controle, e eu perdi meu mundo pessoal. Ou talvez, as coisas estejam realmente boas, e eu não precise mais me esconder do mundo.

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