sábado, 18 de julho de 2009

Enfim, as verdades.

Foram mais de duas horas só de palavras sem sentido e sentimentos intermináveis. A noite estava fria, mas não parecia pois eu tinha o calor do corpo dele no meu. Eu sentia os seus olhos me fitarem, mas dessa vez era diferente, existia algo ali que eu não conhecia mais. A sua mão em minha cintura, seu nariz no meu.

- Você tem certeza disso? – perguntou como se adivinhasse o que eu pensava.

- Você ainda me ama? – estremeci – Quero dizer, existe outra garota?

- Existe!

- Não me importo – beijei-o. Eu sabia o que viria a seguir, sabia que as coisas ficariam cada vez pior e mais fora de controle depois daquele ato, mas não me importei, eu desejava aquilo a meses, eu o desejava. Lembrei-me da resposta, voltei a realidade. – Quem?

E então ele disse aquele nome, mesmo que a frase dele tivesse começado com um ‘acho’, aquilo me parecia tão concreto, tão real, eu sabia que o que ele sentia por ela não era um simples ‘achar’ e sim uma certeza. E então veio a dor, a luz da realidade. Ele não me amava mais, e como um eco, essa frase se repetia inúmeras vezes em minha cabeça.

Eu me escondi, me desvinculei dos braços dele pra esconder as lagrimas que desciam determinadamente por minha face. A dor era insuportável, a realidade me sufocava. E ao fundo ele dizia: “Não chora, não chora... esse momento é mais importante, eu estou aqui com você!” e eu pensava: “ Qual a importância disso se quem você queria que estivesse aqui era ela? Qual a importância?” mas calei-me, não tive coragem de dizer. Nada acalmaria aquela dor, eu sabia. Mas eu fiz uma escolha, eu esperaria para senti-la. Aquele momento era meu, talvez seria o ultimo momento. Aproveitei. Beijei. Abracei. Senti. Amei. Me despedi, talvez pra sempre.

Eu te amo, coisa magrela.

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